18.4.17

o amor

Ao longo de quase duas décadas e meia de vida, pude observar que:
A gente não devia amar quem não nos ama.
O amor é uma faca de dois gumes, realmente. Ele pode te levar para as nuvens e ser a coisa mais linda que você pode experimentar. Mas com meio passo dado fora da curva ele se transforma na coisa mais cruel e todo papo de "o amor é lindo" vai por água abaixo. Para que o amor funcione do jeito que todo mundo gosta, ele deve vir dos dois lados e nunca só de um. Se não houver essa reciprocidade, ou ela acabar no meio do caminho, o amor será apenas dor e sofrimento. E é aí que toda canção chorosa sobre amor começa a fazer sentido. É como se o amor fosse pesado demais para ser carregado por uma pessoa só. É como se fosse uma brincadeira de cabo de guerra, onde tudo se sustenta pelo esforço de ambos os lados, e um cai e se machuca se o outro largar a corda.
O amor sempre vai depender de outra pessoa além de você. Por isso ele é tão frágil e complicado.
Por isso a gente não devia amar quem não nos ama.
Mas, eventualmente, a gente ama. E sofre por isso.