31.1.11

Atores

Somos atores. Atuamos e fingimos uns para os outros. Não somos atores por gostar de fingir, nós precisamos fingir. Nos fingir de bons moços, somos sempre os mocinhos da história. Os mocinhos do grande teatro da vida.

Mas por quê fingir? Uma mão lava a outra. Se fingirmos ser bons moços para os outros, os outros vão fingir ser bons moços com a gente também. E então nós fingimos, atuamos, puxamos o saco, essas coisas de ser humano, sabe? Ficamos massageando o ego uns dos outros. Uma masturbação coletiva e eterna. Fingimos e mentimos. Preferimos a mentira. A mentira não incomoda ninguém, não machuca. "Pra quê mostrar isso? Por quê falar isso? Vamos jogar pra baixo do tapete, ninguém viu mesmo." Vivemos tranquilamente no nosso mundo de mentiras, agradando as pessoas para sermos agradados. Estamos muito bem assim, obrigado.

Mas e se não fingirmos? E se alguém se atrever a dizer a verdade? Não, a verdade dói, a verdade machuca. A verdade é feia e não agrada ninguém. Ninguém quer ouvir a verdade. Ninguém gosta de um filho da puta inconveniente que diz a verdade. Esses "filhos da puta inconveniente" que não atuam e preferem ser verdadeiros, são os responsáveis por tirar a paz do nosso mundo, por interromper a nossa masturbação coletiva tão agradável. Eles dizem a verdade, e não gostamos disso! E se alguém dizer a verdade, ser verdadeiro, vamos apedrejá-lo e cruxificá-lo.

Se não formos atores e atuarmos, se não falarmos mentiras, não vamos ser elogiados, não teremos homenagens ao nosso nome, não teremos os nossos sacos puxados. Porque aquele que escolhe não ser ator, que não finge, que prefere ser ele mesmo e dizer a verdade; é jogado direto ao abismo do esquecimento e não terá ninguém para masturbar o seu ego. E ninguém quer isso. Todos querem o seu lugar ao Sol.

Por isso nós gostamos da verdade mascarada, da mentira. Gostamos de fingir, pois é isso que fazemos de melhor. Somos atores, e atuamos num mundo de mentira, num mundo de falsidade e fingimento. Onde agradamos uns aos outros, onde não há espaço para a sincera verdade.

28.1.11

25.1.11

A moda está fora de moda

Quem já foi criticado ou discriminado pelas roupas que usa, levante o dedo do meio e grite: Foda-se!
Os estilistas de moda vivem criticando as roupas das pessoas e dizendo o que pode e o que não pode ser usado para se vestir. "Esse vestido combina mais com essa época do ano", "essa blusa não combina com essa calça", "estes sapatos estão tão fora de moda!", "essa calça te deixa mais chique do que esse bermudão"!
Eu sinceramente acho tudo isso uma grande besteira.

Quando éramos crianças, nossos pais escolhiam as roupas que usávamos. Quando enfim crescemos, não precisamos de mais ninguém para nos dizer o que usar. Podemos escolher nossas próprias roupas. Acho que ninguém gosta de ter as roupas que vai usar escolhidas por outras pessoas.
 
"Ah, mas os estilistas de moda sugerem roupas que te façam ficar chique, te façam ficar na moda."
Quem disse que eu quero ficar "chique"? Quem disse que eu quero ficar na moda? Eu só quero escolher e usar as roupas que eu gosto. Eu não sou modelo, não sou a Gisele Bündchen. Eu não vou desfilar em passarela nenhuma! Não preciso estar na moda.

"Ah, mas com as dicas e sugestões dos estilistas, você fica mais bonito e bem visto pelas pessoas."
Eu não uso roupa para agradar as pessoas. Todos devem se vestir com as roupas que gostam de usar, que as façam se sentir bem consigo mesmas. As pessoas podem achar a sua calça ridícula, não importa. É você quem está usando a calça, não elas. As pessoas deviam parar de sepreocupar com a roupa alheia, e prestar mais atenção na própria.
O que você prefere: Usar uma roupa que não gosta, e ser bem visto pelos outros; ou vestir uma roupa que você goste, e receber a "desaprovação" dos outros?
Eu particulamente, me visto para mim mesmo. Não para os outros.

"Ah, mas os estilistas não fazem você se vestir para os outros, e sim para você mesmo. Você fica na moda, e de bem com você mesmo."
Bom, eu não sei você, mas eu não me sinto bem com alguém ditando o que usar e o que não usar.

As pessoas são diferentes, tem gostos diferentes e estilos diferentes. . Não precisamos estar na moda. Não precisamos de moda. Precisamos nos vestir do jeito que quisermos, com o que gostamos, com o que nos faz sentir bem. E quem conhece melhor o seu gosto e preferência senão você mesmo? Vista-se com o que quiser, como quiser. Não ligue para o que as pessoas achem. Importe-se com você.

E se você julga o caráter da pessoa pela calça que ela usa, por favor, desenvolva sua idade mental, ok?

E para encerrar, eu queria ser um pouco mal educado e mandar Ronaldo Ésper e companhia tomarem nos seus respectivos cus!

23.1.11

Resumo desinteressante da minha vida (até agora)

No dia 08 de janeiro de 1993, eu nasci num hospital em Jabaquara e fiquei na UTI por semanas. Complicações no parto. Eu devia ter morrido, mas não morri. Meu pai disse que quando eu era bebê, não gostava de mamar no peito da minha mãe. Daí eu tinha que ser amamentado na mamadeira. Os meus 5 primeiros anos foram os mais felizes da minha vida. Nos meus primeiros 4 anos de vida eu morava com a minha mãe e meu pai numa casa de dois cômodos. Cujo quintal era uma oficina mecânica. Era o trabalho do meu pai. Nessa época eu ia nadar com a minha mãe na represa Guarapiranga, eu cantarolava as músicas que o rádio tocava, rasguei minha cara com uma gilete, vi meu pai matar uns cinco ratos com uma espingarda de chumbinho e ficava brincando sozinho. Eu era a única criança daquela rua.

Me lembro também de ter ido várias vezes, com muita frequência, ao médico fazer exames de sangue. Eu sempre fui magrelo e anêmico, sempre vivia fazendo exames. Aos 5 ou 6 anos de idade, minha família se mudou para a periferia, para uma casa maior. Fiz o pré numa escola que ficava na esquina de casa. Chorei muito quando minha mãe me abandonou pela primeira vez na escola, e abracei ela com força quando veio me buscar. Peguei sarampo, li o almanaque da Turma da Mônica inteiro de umas 200 páginas numa tarde só, ia muito na casa da minha avó materna; era como uma creche onde os primos se encontravam pra brincar. Vi meu primo cair do telhado de uma casa e sobreviver, vi meus primos gostarem de Chiquititas e Pokémon, Eu nunca gostei. Aprendi a gostar de Dragon Ball Z e Cavaleiros do Zodíaco, descobri o vídeo-game.

Aos 7 anos num domingo de manhã, o telefone tocou, eu atendi. Era minha tia, estava chorando muito, minha mãe pegou o telefone e começou a chorar também. Era minha vó materna, tinha sido morta por uma bala perdida quando estava a caminho da minha casa. Me lembro de não ter chorado no velório dela. Minha prima veio morar na minha casa, nós brigávamos todos os dias. Naquela época minhas brincadeiras preferidas eram torturar e matar formigas, e fingir ser um super-herói e brincar de luta sozinho. Meus pais e vizinhos ás vezes me viam brincando e falando sozinho. Acho que por certo tempo, meus pais pensaram que eu fosse autista, e meus vizinhos acreditam que eu tenho um problema mental até hoje. Arranjei alguns amigos na minha rua, mas com o tempo eles se distanciaram e pararam de falar comigo.

Aos 8 anos de idade dei meu primeiro beijo, eu e meus primos vimos um ET na janela de uma casa, quase fui atropelado, brinquei de lutinha com meu primo até as 4 da manhã na cozinha de casa, vomitei na escola, vomitei na rua, me engasguei com osso de galinha, quase matei meu irmão com um pneu, quase fui sequestrado por um velho, quase bati num moleque, levei uma pedrada na cabeça, assistia meus primos jogarem bola e soltar pipa.

Aos 10 ou 11 anos, tive aulas de educação sexual e fiquei sabendo como um bebê é feito, assisti o meu gato agonizar até a morte, fui mordido pelo meu próprio cachorro 2 vezes, viajei pra Bahia, furei meu pé num cactus, vi meu vô pegar um sapo com a mão e jogá-lo pra longe, cabulei aula várias vezes, fingi que estava doente para não ir à escola, chorei para não ir à escola e quase chorei quando ganhei um Ps2 e vi os gráficos de Resident Evil 4.

Aos 12, 13 ou 14 anos de idade eu fui assistir Homem Aranha no cinema, desloquei meu pescoço, desloquei meu dedão do pé, distendi um músculo da coxa, comecei a comer feijão, sofri Bullying e uma barata voadora voou para dentro da minha camiseta.

Aos 15 anos, minha avó paterna morreu no dia do meu aniversário, decidi tocar violão, ganhei um violão e até hoje não sei tocar, apanhei do mestre de Kung-Fu, fiquei míope e ganhei um óculos, um carro atropelou meu pé e fizeram com que eu repetisse de ano na escola; fazendo o meu ódio e desprezo pela escola dobrar.

Aos 16 queria morar sozinho e ser independente, durei 6 ou 7 meses no meu primeiro emprego na oficina mecânica do meu pai, me dei mal e sai de lá. Desde então meu irmão me substitui nesse emprego e está se dando muito bem. Descobri que as músicas que eu cantarolava no rádio quando era pequeno, eram músicas do Nirvana e Alice in Chains e hoje essas são minhas bandas favoritas.

Aos 17 ganhei fama na escola de anti social e comecei a escrever num blog.

Aos 18 continuo escrevendo num blog, bati meu próprio recorde de caminhada, ganhei uma camiseta do Nirvana e não sei mais o que vai acontecer.

21.1.11

Meu problema

Todas as pessoas tem uma habilidade que eu admiro e invejo. Uma habilidade que eu gostaria de ter, mas não tenho. Uma habilidade que é normal em todo ser humano, e por eu não ter essa habilidade, acabo sendo o anormal da história. Uma habilidade muito comum que eu não consigo ter. A habilidade de se socializar e fazer amigos.

Desde pequeno eu sou "O Tímido!". Desde pequeno, eu sou quieto e não falo com ninguém. E isso me rendia muitos elogios, na escola e em casa. Desde o primeiro dia em que eu entrei numa escola até hoje, eu sempre ganho o título de aluno mais quieto da sala. Pois eu não falo com ninguém! Por muito tempo, eu aceitei esse negócio de timidez como uma virtude, uma coisa boa minha. O dom de ficar quieto. Mas com o tempo, a timidez começou a interferir no meu dia-a-dia e prejudicar a minha vida social. A timidez, que uma vez era minha maior virtude, acabou se transformando na minha maior maldição. Por ser tímido, e ter vergonha de falar com as pessoas, hoje eu não tenho amigos. Sou sozinho na maior parte do tempo.

As únicas pessoas com quem converso mais á vontade e normalmente, as pessoas que me fazem sentir confortável e seguro para conversar, são meus irmãos e meus primos. Os meus primos tem sido, e ainda são, os meus melhores amigos de sempre. Eu nunca tive amigos fora da família. E se tive foram bem poucos, e já não são meus amigos e sumiram. De 14 anos frequentando a escola, eu só consegui arranjar 3 amigos, com quem conversava bastante.

O primeiro foi na terceira série, um menino chamado Sidney. Era um gordinho que pensava ser o Homem Aranha. Depois de um tempo ele sumiu.

O segundo foi da terceira à quarta série, ele se chamava David,  um menino descendente de índios que sempre estava fedendo óleo de motor de carro. Depois de um tempo ele mudou de escola e sumiu também.

O último amigo que eu fiz na escola, foi a amizade fora da família mais duradoura que eu tive. O nome dele era Weverton. Conheci ele na quarta série, e estudei com ele até a oitava. Na escola éramos amigos inseparáveis e conversávamos muito. Ele era um cara maníaco por artes marciais, era meio exibido, gostava de filmes violentos, de arranjar briga para provar sua masculinidade e ás vezes tinha uma certa tendência racista. Depois da oitava, nunca mais nos vimos. Fiquei sabendo que ele se mudou para o interior. Já faz uns 4 anos que não o vejo.Depois desses caras, eu nunca mais tive amigos fora da família. Na escola eu sou o estranho anti social.

A verdade é que eu não sei lidar com as pessoas. Não sei puxar assunto com quem não conheço. Não sei começar amizades, não sei fazer amizades. Não sei ser legal e simpático com as pessoas. Toda vez que vou conversar com alguém que não conheço fico nervoso, envergonhado e tenho que me esforçar para abrir a boca e dizer algo. Vejo os meus primos, e todos eles tem vários amigos fora da família. Fico com inveja deles por não conseguir fazer amigos com a mesma facilidade que eles fazem. Fazer amigos, pra mim é uma coisa difícil, complexa e complicada. Não é nada fácil. Eu queria aprender à ser como eles, queria aprender à ser normal. Queria ser um cara legal e engraçado e ter muitos amigos. Queria ter essa habilidade, mas eu não consigo! E eu me odeio por isso!

De uns tempos pra cá, estou começando a suspeitar que essa tal "timidez" seja na verdade uma fobia social.

Acho que preciso de um psiquiatra.

18.1.11

Pessimista, otimista e realista

Não somos o que queremos ser, somos o que somos.
As pessoas tem me falado que sou pessimista. E eu não culpo elas pois é verdade. Eu vejo, penso e encaro as coisas sempre dando mais atenção e ênfase ao lado ruim. Não porque eu quero, eu apenas penso assim. Acho que na verdade ninguém quer ser pessimista. Eu tenho uma certa teoria que se baseia no seguinte:
Tudo, absolutamente tudo sem exceção, tem um lado bom e um lado ruim. Até mesmo aquela coisa, qualquer coisa, que você pensa ser perfeitamente boa, tem um lado ruim, podre, negativo. Assim como a pior coisa do universo tem algo de bom. Mesmo se não conseguimos ver ou encontrar, podemos até negar mas está lá, bom ou ruim, está lá. Mas nós, malditos seres humanos imperfeitos, não sabemos como olhar para as coisas analisando todos os seus lados. Bom e ruim.

Se eu te disser que o meu maior ídolo da música foi um drogado suicida? Daí você provavelmente vai pensar algo como "Como ele pode admirar um viciado que se matou?" Bem esse é o lado ruim do meu ídolo. Agora esqueça o drogado suicida.

E se eu te disser que o meu maior ídolo da música foi um dos responsáveis por popularizar o maior movimento musical dos anos 90, e hoje, depois de morto, ainda é considerado um dos maiores nomes do Rock? Daí provavelmente você ia pensar algo como "Bom, é até compreensível alguém admirar um cara assim".

Agora se eu te dissesse que o meu maior ídolo da música foi um dos principais responsáveis por popularizar mundialmente o maior e mais importante movimento musical dos anos 90, era viciado em heroína, hoje é considerado uma lenda do Rock e se matou em abril de 1994? O que você pensaria agora? Você me condena por prestar admiração e respeito à um drogado suicida? Ou até concorda e entende o fato de eu ser fã de uma lenda do Rock, apesar dele ter sido um drogado suicida?

Você enxergaria com mais clareza, daria mais atenção e ênfase ao lado bom ou ruim do meu ídolo? É daí que podemos chegar ao otimismo e o pessimismo.

A pessoa pessimista enxerga, dá atenção e mais ênfase sempre ao lado ruim das coisas, esperando sempre o pior. Enxergando sempre o pior.

A pessoa otimista enxerga, dá mais atenção e ênfase sempre ao lado bom das coisas, esperando sempre o melhor. Enxergando sempre o melhor.

A grande maioria das pessoas acham que entre o otimismo e o pessimismo, o otimismo é o melhor. E que todos deviam ser otimistas e pensar sempre positivo. Já eu, como você já deve estar esperando, consigo achar defeito em ambos. Dizem que o pessimista vê dificuldades em todas as oportunidades, e o otimista vê oportunidades em todas as dificuldades. Aí é que está! O pessimista só olha pro lado ruim, e o otimista só olha pro lado bom, até mesmo quando não se deve, quando não é conveniente. O lado bom nunca quer dizer que é realmente bom, e sim o menos pior. E aí que o otimista se complica. Pra mim, o otimista é tão defeituoso quanto o pessimista, só que cada um do seu jeito.

Enquanto as pessoas tentam ser otimistas, eu tento ser neutro. Ser realista. O realista olha pro lado bom, quando o lado bom é mais conveniente. E olha para o lado ruim, quando o lado ruim é mais conveniente. Mas eu sou um ser humano, e mesmo querendo ser realista, eu acabo sendo pessimista sem querer. Pois como eu disse: Não somos o que queremos ser, somos o que somos.

15.1.11

Escrever ou não escrever? Eis a questão

Ás vezes fico me perguntando:
Por quê continuar postando num blog que ninguém lê?

Bem, eu não fiz o Blog Chato exatamente para ser lido. "Então por que fez um blog, seu idiota?"
O Blog Chato foi criado por 5 motivos:

  1. Para eu ter o que fazer e não morrer de tédio.
  2. Para ajudar a esvaziar a minha cabeça cheia de ideias (ruins).
  3. Eu gosto de ler e escrever.
  4. Para ter algo de autoria minha na internet, já que nem de rede social eu participo.
  5. Para desenvolver a minha escrita e produção de textos.
"Já que o Blog Chato só foi criado por causa desses cinco motivos, por que você faz propaganda dele por aí, seu babaca?"
Para que as pessoas possam ler os meus textos. É, eu sei que já disse que o meu blog não foi criado pra ser lido. Mas é meio desanimador postar textos na internet e não ter ninguém pra ler. Eu precisava de um incentivo, sabe? Mas vejo que as propagandas que faço do meu blog por aí não estão adiantando muito.

Sei que pelo menos 3 pessoas leem meu blog. Meu irmão, um dos meus primos e eu. Tem mais 4 indivíduos aqui na minha lista de seguidores do blog, mas não sei se eles estão acompanhando esse blog mesmo ou só me seguem por pena.
Mesmo tendo pouquíssimos leitores, vou continuar postando aqui por um tempo. Quem sabe quando eu morrer os meus textos continuem aqui na rede. Minhas últimas escrituras. Eu vou mas os textos ficam. Além do mais, eu tenho algo com que me ocupar, posso praticar a escrita e me livrar do tédio. Mesmo sem ninguém prestar a mínima atenção nos meus textos. Mesmo sem ninguém ler.

Tem alguém aí?

13.1.11

Um poema aí...

Não tenho o que fazer
Então um poema vou escrever.
Escrever versos e estrofes
E fazer rimas nada a ver.

Vou escrevendo os versos
Um embaixo do outro vai ficando.
Estrofe por estrofe
Com o final sempre rimando.

Escrevo qualquer palavra ou frase
Como por exemplo: "Em janeiro nasci".
E sem fazer muito esforço
Consigo outra rima bem aqui.

Eu nunca entendi o conceito de poema
Os caras vão escrevendo rimas sem problema
No final o poema nem sentido precisa ter
Basta dividir os versos em estrofes, e rimas fazer.

Este poema está sem graça?
Está chateando você?
Então saia já do meu blog
E vá procurar o que fazer.

Se você tem algo melhor que poderia estar fazendo,
Por que ainda está aqui e continua lendo?
Já escrevi bobagens demais, esse blog não vale uma moeda.
E agora eu admito, esse post foi uma merda!

11.1.11

Tecnologia parte 2 - 3D Pra quê?

A tecnologia me assusta ainda mais quando são criadas coisas inúteis. Como o 3D!
Tá bom, eu sei que a tecnologia 3D pode ser legal, divertida e interessante no cinema. Mas agora estão querendo colocar o 3D em todos os filmes que saem no cinema! Pra mim o 3D devia estar em só alguns poucos filmes comerciais, mas todo filme que sai agora é 3D. Pra quê? Quando uma pessoa vai ao cinema ela só quer assistir o filme, nada mais (Pelo menos é o que eu acho). Não há necessidade das coisas saírem da tela! Desse jeito as pessoas vão começar a prestar mais atenção nas coisas voando da tela, do que na própria trama do filme. E isso é péssimo! Isso pode acabar de vez com o conceito de ir ao cinema. Daqui à pouco as pessoas estarão indo ao cinema para verem as coisas saindo da tela e não mais para assistirem filmes.

Como se já não bastasse, agora começaram a adaptar essa tecnologia 3D para televisões.
Quem é que precisa de uma TV 3D em sua casa?! A programação da TV já é uma merda, agora querem que essas merdas voem da televisão direto para sua sala? Já não basta ver o chato do Faustão dentro da TV, agora querem que ele invada a sua casa? Sinceramente acho que quando se trata de televisão, já estamos feitos!
A TV de antigamente era preto e branco, daí surgiram televisões coloridas. A programação da TV era chata demais (e ainda é), agora temos a opção de TV por assinatura. A TV era grande e pesada demais, agora temos a TV de LCD. A imagem da TV era ruim demais, agora temos a tecnologia High Definition de imagem e som digitais. Agora já chega! Não precisamos mais que mexam na TV, porque não há mais nada que melhorar!

Digam o que quiser, mas a adaptção do 3D para televisões é totalmente inútil e desnecessária! O 3D só deveria estar em alguns poucos filmes no cinema. É isso.

Ah, e tome cuidado para não se machucar tentando pegar um dos aviõezinhos do Silvio Santos quando você ver um deles saindo da sua televisão.

Tecnologia parte 1 - Automaticamente Sedentários

"As coisas que você possui, acabam te possuindo".
                           - Tyler Durden, personagem de Brad Pitt no filme "Clube da Luta".
                     
A tecnologia me assusta. Me impressiona, mas me assusta também. Um dia desses vi na TV que já é possível controlar algumas coisas da sua casa, apenas com o uso de um controle remoto! As pessoas podem adorar isso, achar interessante e maravilhoso toda essa tecnologia. Mas eu acho isso horrível!
Tecnologia é boa e útil até certo ponto.

Como todos sabem, a medida que os anos vão passando, a tecnologia vai aumentando. Você lembra dos celulares de antigamente? Eram grandes, tinham antena e só serviam para fazer ligações. Já os celulares de hoje são pequenos, finos, não possuem mais antena e além de fazer ligações, eles agora contém jogos eletrônicos, sistema de armazenamento de músicas, TV, gravam vídeos, tiram fotos e possuem conexão com a internet.

Os primeiros computadores eram usados somente para fins militares e eram gigantes. Hoje os computadores são essenciais e indispensáveis na vida do ser humano, tanto para o trabalho quanto para o entretenimento. Possuem versões portáteis para serem usados em qualquer lugar, conexão com a internet wireless e permitem comunicação com qualquer outra pessoa do mundo em tempo real.

Antigamente o único jeito de levar e escutar suas músicas favoritas em qualquer lugar, só era possível com o Discman. Aparelhos portáteis que funcionam através de pilhas, e as músicas ou eram das rádios ou de CDs. Hoje graças a tecnologia MP3, podemos guardar digitalmente e escutar milhões de músicas em aparelhos recarregáveis e menores que o seu mindinho.
A tecnologia já fez tanto por nós que a tendência agora é piorar!

Imagina daqui alguns anos: Você acorda de manhã e aperta uma tecla do seu controle remoto, e a sua cama automaticamente te coloca na sua poltrona, você aperta outra tecla do seu controle remoto e a cama se arruma sozinha, aperta outra tecla e a janela se abre, outra tecla e a luz acende, outra tecla e seu café da manhã surge na sua frente, outra tecla e a mesa te dá o café da manhã na boca, outra tecla e seu dente é escovado, outra tecla e o chuveiro te dá banho, outra tecla e seu cabelo é penteado, outra tecla e sua roupa te veste, outra tecla e seu saco é coçado, outra tecla e a imagem da televisão aparece na sua frente, tudo sem sair da poltrona e movendo apenas um dedo. Sim, eu acredito que a tecnologia pode chegar à isso um dia. A tecnologia pode tirar nossas necessidades de se mexer para executar a mais básica das tarefas, e nos tornar sedentários. Uma população sedentária e doente, controlando tudo à nossa volta com um controle remoto. Tudo automático. Tudo fácil. Sem esforço. Sem precisão de nos levantarmos da poltrona para fazer qualquer coisa.
A tecnologia está facilitando tanto a nossa vida, que aos poucos, a vida perderá todo o sentido e graça. Pra que viver em um mundo onde podemos ter tudo que quisermos à nosso favor só em um simples apertar de botão?

A tecnologia foi feita para facilitar a vida dos seres humanos, e agora está nos tornando inúteis. Assista o filme "Wall-E" e verá um exemplo do que eu estou falando.                                                  

8.1.11

Parabéns pra mim

Eu nasci hoje há 18 anos atrás.

Com o passar do tempo fazer aniversário perde a graça e aumenta o desespero. Quando eu era pequeno, eu gostava que fizessem festa de aniversário pra mim. Com bolo, brigadeiro, bexigas, decoração do Batman, meus amigos e presentes. Agora eu cresci e não gosto mais de festas. Não quero mais festas de aniversário, bolo, brigadeiro, bexigas, decoração do Batman e... Bom, presentes são sempre bem vindos.

Com o passar do tempo, meu conceito de presentes de aniversário também mudou. Quando eu era criança eu queria ganhar brinquedos no meu aniversário, e acabava ganhando roupas. Eu cresci, e agora eu preciso ganhar roupas no meu aniversário, e eu acabo ganhando nada.

Com o passar do tempo meu conceito de aniversário também mudou. Quando criança eu gostava de fazer aniversário porque eu estava ficando mais velho, e logo seria um adulto e faria todas as coisas que os adultos podem fazer e as crianças não. Já crescido o bastante, passei pela idade da razão e percebi que virar adulto não é grande coisa, e agora quero voltar a ser criança.

De acordo com as leis brasileiras, a partir de hoje eu sou maior de idade. Agora eu devo me alistar no exército, devo votar em eleições, posso morar sozinho, posso viajar sozinho, posso consumir bebidas alcoólicas, posso tirar carteira de motorista, posso assistir filmes para maiores de 18 anos e se eu cometer algum crime, posso ir pra cadeia também.

Mas nada disso faz muita diferença pra mim, fazer aniversário perdeu a graça. E como você já deve saber, eu sou chato e tenho um pensamento pessimista sobre o aniversário também:
Imagine a nossa vida como se fosse uma longa estrada. Essa estrada termina em um precipício. Estamos todos andando, cada um em sua estrada, e cada passo que damos é um aniversário nosso que passa. É isso.

Essa longa estrada onde caminhamos, representa as nossas vidas. Os passos que lentamente damos, representa cada um dos nossos aniversários. O precipício no fim da estrada é a morte, o fim de tudo.
A cada passo que damos nessa estrada, estamos mais próximos de cairmos no precipício.
A cada aniversário que passamos nessa vida, estamos mais próximos da morte.

Feliz aniversário pra mim.

5.1.11

Cansado disso tudo

Estou cansado dessa casa!

Estou cansado da dor em minhas costas,
Que o meu colchão cheio de buracos causa.
Estou cansado da televisão
Que só programa chato passa.

Estou cansado dessa rotina!

Estou cansado de andar nas mesmas ruas todos os dias.
Estou cansado de fazer tudo e de fazer nada.
Estou cansado das avenidas, dos carros e das buzinas.
Estou cansado dos ônibus e suas paradas.

Estou cansado desse país!

Estou cansado dos mentirosos e hipócritas.
Estou cansado das promessas, decepções e da imundice.
Cansado da alienação, dos ignorantes, dos preconceituosos.
Estou cansado da paranóia, cansado do tédio e da mesmice.

Estou cansado desse mundo!

Estou cansado das guerras e violência desnecessárias.
Estou cansado do fanatismo, do egocentrismo, da imaturidade.
Estou cansado da lavagem cerebral, cansado da falta de razão.
Estou cansado das injustiças, da culpa e do perdão.

Estou cansado dessas coisas!

Estou cansado da tristeza, cansado da felicidade.
Estou cansado de ser criativo, e da falta de criatividade.
Estou cansado das esperanças mortas, cansado da utopia.
Estou cansado do oxigênio, cansado da asfixia.

Estou cansado da solidariedade, estou cansado da falsidade.
Estou cansado de dormir, e das pessoas dessa cidade.
Estou cansado da areia, das conchas e do mar.
Estou cansado da caneta, de escrever e de rimar.
Estou cansado de ficar parado, cansado de andar.

Daqui pra baixo não vou mais rimar!
Estou cansado de se levantar, cansado de me sentar.
Estou cansado das lições de casa, do cateto e da hipotenusa.
Estou cansado da ortografia, estou cansado das letras.
Estou cansado de respirar, e de prender a respiração.

Estou cansado de ler esse texto chato, cansado de se sentir pra baixo.
Estou cansado do barulho, cansado do silêncio.
Estou cansado de piscar os olhos e de mastigar a comida.
Estou cansado da repetição e da inovação.

Estou cansado de ser sozinho, cansado de ter amigos.
Estou cansado do amor, cansado do ódio.
Estou cansado da falta de amor, e da falta do que fazer.
Estou cansado de escrever em estrofes de 4 ou 5 linhas.

Estou cansado de pensar nas coisas.
Estou cansado de viver, cansado de morrer.
Estou cansado do "As coisas são assim mesmo".

Cansado de descansar.

Estou cansado de escrever "estou cansado".

Estou cansado de estar cansado.

2.1.11

Vai tomar no c...! Seu filho da P...!

As palavras são nada mais do que ferramentas de comunicação. Ou seja, usamos as palavras para nos comunicarmos, e nos entendermos. Cada palavra possui um significado para que possamos usá-las. Se uma palavra foi criada e existe, por que diabos não podemos usá-la?

Esse é o caso do palavrão. Desde pequenos somos instruídos a não dizer palavrões. Então por que eles foram criados? Simplismente para serem palavras proibidas? Aliás, por que "palavrão"? "Cu" é uma palavra de duas letras apenas e é considerado um "palavrão"! Por que não uma "palavrinha"? Tá bom esquece...

Os palavrões são conhecidos como "palavras feias que não devem ser ditas". Ridículo! Vuvuzela, giló, cocô, jabá, furúnculo, diarréia, hemorróida, escrotal, estapafúrdio, estrôncio e sobaco são todas palavras feias e nem por isso são consideradas palavrões, e não são censuradas!
Eu não considero "merda" um palavrão, mas muita gente acha que é. Quando você diz "merda" as pessoas tentam te censurar. "Merda" também é muito censurada na televisão. Mas é melhor dizer "merda" do que "cocô", você não acha? "Cocô" sim devia ser considerado um palavrão e ser censurado. É uma palavra feia, ridícula e infanrtil.

Da onde veio a ideia de que os palavrões são palavras feias que não devem ser ditas? Quem disse isso? Quem criou esse conceito? O sábio Jô Soares disse uma vez:
"A palavra 'mão' é mais feia que a palavra 'cu'. A mão é que violenta, bate, pega em armas para matar pessoas. Afinal, eu nunca vi um ladrão assaltar um banco com uma metralhadora enfiada no cu!"
Até mesmo o genial George Carlin disse uma vez:
"There are no bad words, only bad thougths." (Não existem palavras feias, somente pensamentos feios).
O palavrão não está na boca de quem fala, e sim na cabeça de quem pensa. Se você não acredita, então me diga:
Quando você leu o título desse texto, quais palavras você pensou que os três pontinhos (reticências) estavam substituindo? "Cu" e "puta"? E se eu te disser que na verdade são "copo" e "Patrícia"? Viu? Pois é...

As palavras estão aí para serem usadas. Inclusive os "palavrões". Então use-as, e foda-se o resto!