28.11.12

2 anos de Blog Chato, e a sua morte

Hoje, dia 29 de Novembro de 2012 fazem dois anos que o Blog Chato está no ar. Mais uma vez eu agradeço vocês que leram, acompanharam e comentaram. Mas vamos direto ao ponto.

Estou encerrando minhas atividades aqui no blog. Dessa vez é sério. Pensei muito nisso e cheguei a conclusão que não dá mais, já deu o que tinha que dar. Não deletarei o blog, ele ainda continuará aqui. só não vou mais postar nada. Vou abandoná-lo. Desculpem leitores mas é que as coisas já não são mais o que eram antes.

Falta de inspiração, falta de criatividade e uma desmotivação enorme é o que eu tenho sentido nos últimos meses. Eu até tentei tirar bons textos à força da minha cabeça para tentar atualizar o blog mas não dá mesmo. As coisas eram boas antigamente quando os textos vinham naturalmente na minha cabeça, mas agora sinto que está tudo forçado demais.

O Blog Chato nasceu do ócio criativo, e o ócio já não é tão intenso quanto era antes. Além disso, como vocês já devem ter percebido, ultimamente estou passando por uma fase ruim aqui. Acho que precisarei de um novo psicólogo em breve.

Muito obrigado mesmo leitores do Blog Chato. Leitores que se foram e leitores que permaneceram. Obrigado àqueles que quiseram me conhecer e viraram amigos. Obrigado pelos elogios e incentivos e por compartilharem suas opiniões e histórias aqui comigo. Desculpem, mas infelizmente esse blog está oficialmente morto.

Até um dia qualquer.

25.11.12

Quando a dor começou

Até uns 6 anos eu era bem diferente do que sou hoje. Até uns 6 anos atrás eu era muito ingênuo. Ingênuo o suficiente para não perceber a realidade a minha volta. Ingênuo a ponto de não perceber as coisas boas que eu tinha na época. A ponto de não ver a adolescência chegar e ir embora. Não percebi a adolescência passar, quando fui ver ela já tinha ido. Enquanto a cabeça dos jovens de 13, 14, 15 anos da minha escola estava ocupada com celulares de última geração e primeiros namoros, eu ainda brincava com bonecos e agia como criança. Daí quando esses mesmos jovens completaram 17, 18 anos e se preocupavam com Smartphones e sexo, minha mentalidade deu um Fast forward e virei um adulto. Adulto problemático e mal acostumado, mas ainda assim um adulto. É como se eu tivesse pulado da infância direto para a idade adulta.

E foi quando eu sai da ingenuidade que tudo começou. As coisas boas e as ruins. As coisas novas. E essa dor. Dor que percorre o físico até o psicológico e termina rasgando o emocional. A dor da terceira idade que tritura os ossos da minhas costas de 19 anos. A dor do medo e da dúvida, de não ter certeza se as coisas continuarão as mesmas ou mudarão daqui pra frente. A dor do angustiante e desesperador vazio.

A última menina que me apaixonei, o meu amor idealizado, aquela que tinha o poder de curar todas as minhas dores só de se aproximar de mim. Ela me encontrava sentado, e por trás de mim, costumava apoiar-se com as duas mãos nos meus ombros. Adorava quando ela fazia isso. Ela disse uma vez que eu tenho ombros largos. E por isso, não sei porque motivo, comecei a pensar se a razão das dores nas minhas costas eram psicossomáticas. Então não sei quem disse, que as minhas costas só doem por motivos físicos. Sou alto, tenho ombros largos e sou sedentário. Isso já seria o bastante para causar essa dor horrível. Lembro-me de todas essas dores começarem praticamente juntas, na mesma época. Até uns 6 anos atrás não as sentia, nenhuma delas. Pois eu estava anestesiado pela ingenuidade. O suficiente para não perceber a realidade a minha volta. Quando a minha ingenuidade se foi, e a minha percepção da vida e do mundo veio, e trouxeram a dor junto com eles. A vida é dor. Viver dói.

18.11.12

Uma rapidinha

Não é tão simples assim. Sabe quando te encontram e fazem aquela clássica pergunta "oi, tudo bem?" eu quase sempre digo que está. Mas na verdade nunca está TUDO bem.

 Não, não está tudo bem, mas você sabe como é, né? Estou num abismo, me equilibrando no fio da vida. A qualquer momento posso perder o equilíbrio e cair. Às vezes me dá vontade de pular logo. Não, não está tudo bem, mas tudo bem.

 Então por que não dizer logo a verdade? Por que respondemos "Tudo bem sim, e você?" quando na verdade não é verdade?

Talvez porque se admitirmos e respondêssemos "Não, tá tudo uma merda, e você?", soaria muito agressivo mesmo não sendo. Ou talvez porque se respondêssemos que não está tudo bem, a pessoa poderia perguntar algo como:
"Sério? Por quê? Conta pra mim quais são seus problemas?" aí você teria que remoer e dissertar sobre coisas que você gostaria de esquecer pelo menos por alguns minutos.

 Ou muito pelo contrário, a pessoa poderia perder totalmente o interesse na conversa, pois afinal é difícil encontrar pessoas que se interessem pelos seus problemas. Mesmo que você pague, elas poderiam fingir se importar por um tempo, aí depois ela falaria sobre uma última consulta, aí depois nunca mais ligaria, aí você tentaria ligar pra ela e ela desligaria o telefone na sua cara e começaria a te evitar. Sabe como é, né...

Bem, esse foi um pensamento rápido meu que decidi postar no blog. Minhas ideias acabaram então vou encerrar aqui, até mais.



PS: Prometo fazer posts com mais frequência. Sério.