Cada viagem, um show
Nessa eterna turnê poluída e barulhenta, aglomerada e calorosa, vou e volto continuamente, à deriva na vida.
Sobre o trilho de asfalto seco, entre uma parada e outra, me encontro perdido em olhares e viajando em pensamentos. Conhecendo pessoas, me despedindo delas, nos apertando em corpos estranhos. Do crepúsculo acinzentado à aurora morta de mais um dia de shows.
Shows que quebram a concentração, incomodam a audição, mas nos afunda em distração. De repente é assim: o fiel berra sua crença, o estressado se estressa, o ambulante vende seu peixe. A ambulância passa do lado de fora da nossa prisão sobre rodas, e não podemos fazer nada a não ser nos calar e consentir o embaraço.
Indo e vindo é um show. De horrores?
Você que sabe.
Nessa eterna turnê úmida e silenciosa, solitária e fria, vou e volto continuamente, à deriva na vida.
Sobre o trilho de asfalto molhado, entre uma parada e outra, me encontro perdido em olhares e viajando em pensamentos. Conhecendo pessoas, me despedindo delas, nos apertando em corpos estranhos. Do crepúsculo acinzentado à aurora morta de mais um dia de shows.
E blá, blá,blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá ,blá, blá, blá...
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