23.1.11

Resumo desinteressante da minha vida (até agora)

No dia 08 de janeiro de 1993, eu nasci num hospital em Jabaquara e fiquei na UTI por semanas. Complicações no parto. Eu devia ter morrido, mas não morri. Meu pai disse que quando eu era bebê, não gostava de mamar no peito da minha mãe. Daí eu tinha que ser amamentado na mamadeira. Os meus 5 primeiros anos foram os mais felizes da minha vida. Nos meus primeiros 4 anos de vida eu morava com a minha mãe e meu pai numa casa de dois cômodos. Cujo quintal era uma oficina mecânica. Era o trabalho do meu pai. Nessa época eu ia nadar com a minha mãe na represa Guarapiranga, eu cantarolava as músicas que o rádio tocava, rasguei minha cara com uma gilete, vi meu pai matar uns cinco ratos com uma espingarda de chumbinho e ficava brincando sozinho. Eu era a única criança daquela rua.

Me lembro também de ter ido várias vezes, com muita frequência, ao médico fazer exames de sangue. Eu sempre fui magrelo e anêmico, sempre vivia fazendo exames. Aos 5 ou 6 anos de idade, minha família se mudou para a periferia, para uma casa maior. Fiz o pré numa escola que ficava na esquina de casa. Chorei muito quando minha mãe me abandonou pela primeira vez na escola, e abracei ela com força quando veio me buscar. Peguei sarampo, li o almanaque da Turma da Mônica inteiro de umas 200 páginas numa tarde só, ia muito na casa da minha avó materna; era como uma creche onde os primos se encontravam pra brincar. Vi meu primo cair do telhado de uma casa e sobreviver, vi meus primos gostarem de Chiquititas e Pokémon, Eu nunca gostei. Aprendi a gostar de Dragon Ball Z e Cavaleiros do Zodíaco, descobri o vídeo-game.

Aos 7 anos num domingo de manhã, o telefone tocou, eu atendi. Era minha tia, estava chorando muito, minha mãe pegou o telefone e começou a chorar também. Era minha vó materna, tinha sido morta por uma bala perdida quando estava a caminho da minha casa. Me lembro de não ter chorado no velório dela. Minha prima veio morar na minha casa, nós brigávamos todos os dias. Naquela época minhas brincadeiras preferidas eram torturar e matar formigas, e fingir ser um super-herói e brincar de luta sozinho. Meus pais e vizinhos ás vezes me viam brincando e falando sozinho. Acho que por certo tempo, meus pais pensaram que eu fosse autista, e meus vizinhos acreditam que eu tenho um problema mental até hoje. Arranjei alguns amigos na minha rua, mas com o tempo eles se distanciaram e pararam de falar comigo.

Aos 8 anos de idade dei meu primeiro beijo, eu e meus primos vimos um ET na janela de uma casa, quase fui atropelado, brinquei de lutinha com meu primo até as 4 da manhã na cozinha de casa, vomitei na escola, vomitei na rua, me engasguei com osso de galinha, quase matei meu irmão com um pneu, quase fui sequestrado por um velho, quase bati num moleque, levei uma pedrada na cabeça, assistia meus primos jogarem bola e soltar pipa.

Aos 10 ou 11 anos, tive aulas de educação sexual e fiquei sabendo como um bebê é feito, assisti o meu gato agonizar até a morte, fui mordido pelo meu próprio cachorro 2 vezes, viajei pra Bahia, furei meu pé num cactus, vi meu vô pegar um sapo com a mão e jogá-lo pra longe, cabulei aula várias vezes, fingi que estava doente para não ir à escola, chorei para não ir à escola e quase chorei quando ganhei um Ps2 e vi os gráficos de Resident Evil 4.

Aos 12, 13 ou 14 anos de idade eu fui assistir Homem Aranha no cinema, desloquei meu pescoço, desloquei meu dedão do pé, distendi um músculo da coxa, comecei a comer feijão, sofri Bullying e uma barata voadora voou para dentro da minha camiseta.

Aos 15 anos, minha avó paterna morreu no dia do meu aniversário, decidi tocar violão, ganhei um violão e até hoje não sei tocar, apanhei do mestre de Kung-Fu, fiquei míope e ganhei um óculos, um carro atropelou meu pé e fizeram com que eu repetisse de ano na escola; fazendo o meu ódio e desprezo pela escola dobrar.

Aos 16 queria morar sozinho e ser independente, durei 6 ou 7 meses no meu primeiro emprego na oficina mecânica do meu pai, me dei mal e sai de lá. Desde então meu irmão me substitui nesse emprego e está se dando muito bem. Descobri que as músicas que eu cantarolava no rádio quando era pequeno, eram músicas do Nirvana e Alice in Chains e hoje essas são minhas bandas favoritas.

Aos 17 ganhei fama na escola de anti social e comecei a escrever num blog.

Aos 18 continuo escrevendo num blog, bati meu próprio recorde de caminhada, ganhei uma camiseta do Nirvana e não sei mais o que vai acontecer.

5 comentários:

  1. Anônimo09:22:00

    caramba, eu tenho 17 anos, ou seja, quase sua idade, e acho q minha historia n dá um terço do q aconteceu na sua vida!

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  2. Anônimo03:50:00

    cara essa sua chatisse é do caralho, e você é puro rock and roll.
    engraçado cara eu também odeio escola e sou anti-social.. e curto nirvana e AIC tambem, são minhas bandas favoritas desde que eu tinha 15 :D
    se puder add ai no msn ...
    srquimera@hotmail.com

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  3. tive uma vida assim tb até meus 23, qdo entrei na facul. aí sim eu fiquei totalmente anti-social, mas aos poucos vou me recuperando. é bom saber q não sou o único q quase matei meu irmão, no caso com um pedaço de madeira.

    abs. t+

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  4. Anônimo15:06:00

    Que vida né véio.

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  5. Sherlock Holmes20:50:00

    esqueceu que nois cantavamos e dançavamos mamonas assassinas, que vc foi picado por abelhas kkkkk,

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