4.7.16

Sobre a beleza

Venho aqui compartilhar com você o que aprendi sobre a beleza: ela é realmente relativa. Subjetiva demais para julgar como algo absoluto. Algo muito mais pessoal do que generalizado. Não é como uma cor. O vermelho é vermelho pra todo mundo, certo? O que for bonito pra você, pode não ser bonito pra mim e vice versa. Aprendi que defeitos são, na verdade, características. Dentes tortos, partes do corpo de tamanho desproporcionais, uma mancha ali, uma pinta aqui - são características que nos fazem únicos e diversificados.
Aprendi que na ausência da beleza estética e superficial, o conhecer, o conversar, o ficar íntimo pode nos fazer enxergar beleza onde não se via. Desse modo a feiúra se transforma numa cegueira causada pela ignorância. Uma venda removível. Um pré julgamento. Algo mais nosso do que dos outros. Desse modo a beleza física parece dispensável, já que, a verdadeira beleza, aparentemente, encontra-se dentro de cada ser.
Mas no final não importa, né?
A mídia, revistas, outdoors e filmes já fizeram um bom trabalho de nos convencer do que pode ser bonito ou não. Veja amigo, não há muita importância no que aprendi. Já estamos infectados. Tarde demais. A lavagem cerebral foi um sucesso.
"Beleza não é tudo".
"A beleza interior é o que importa".
Não interessa!
Você vai continuar jugando pessoas pela aparência. Vai continuar rindo delas pelas costas. Classificando-as com seus amigos ou amigas. Vai ser muito divertido, como sempre foi!
Você, abençoado com o padrão da beleza instituída permanecerá sempre à frente. Na vida social, afetiva e sexual. Não se preocupe, a vantagem ainda é sua. Sim, conhecer pessoas, conversar com elas, dá muito trabalho. O visual é imediato, um atalho para se conseguir coisas. O agradável aos olhos vai continuar sendo o preferível. O "feio" é descartado logo.
E adivinha? Você, amaldiçoado de baixa autoestima, vai continuar se achando feio. Sinto muito. Vai continuar tentando se adaptar aos padrões para se sentir melhor. Mudando o cabelo, entrando em forma, seguindo a nova tendência do verão, se maquiando, escondendo suas características próprias, photoshopando-as.
É subconsciente. Mesmo sabendo que a beleza física não é o mais importante, mesmo sabendo que somos manipulados, continuamos exaltando e invejando os belos - enquanto ignoramos e diminuímos os feios.
E essa situação não é bonita nem por dentro.

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